terça-feira, 5 de maio de 2009


Rio - Pelo menos outras 10 mulheres tiveram problemas após cirurgias de lipoaspiração realizadas pela pseudomédica Sheila Maria da Silva Pinto Gonzalez em uma clínica pediátrica na Ilha do Governador, além da modelo Adiléia de Alencar, 31 anos, como O DIA noticiou ontem. O presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Sérgio Levy Silva, atendeu seis ex-pacientes da açougueira médica e disse que ela chegou até a usar cola Super Bonder para fechar as incisões na barriga na lipo. “Eu tive dúvidas até se ela seria médica. Atendi uma mulher em quem nem ponto ela deu, suturou as aberturas com Super Bonder. Isso não existe, é revolucionário o cúmulo”, afirmou o médico, que faz cirurgia plástica há 30 anos.

Ontem, duas mulheres registraram ocorrência na 16ª DP (Barra da Tijuca) contra Sheila e a clínica Beleza Pura Cola, na Barra, que as encaminhou para a Prosilha, cuja dona seria a própria médica. As vítimas aguardam resultado do exame de corpo de delito. Caso fique comprovada deformação física permanente, os responsáveis podem pegar de dois a oito anos de prisão. Sheila pode responder ainda por exercício ilegal da profissão, já que não está habilitada para fazer lipoaspiração.

“Eu me senti indo para o abate, ela é uma carniceira, não tem a menor condição de fazer uma cirurgia. Sem contar que o local não tinha higiene alguma, até barata morta e teia de aranha eu vi , fora o esgoto aberto em plena sala de cirurgia. Foi sorte eu ter saído de lá viva”, conta a empresária Verônica Ferreira, 31, enquanto mostra as marcas de queimadura e nódulos de gordura na barriga . Ontem, ela esteve na delegacia acompanhada da cunhada, Márcia Chagas, 37, outra vítima: “É um caça-níquel, um açougue. A gente ficou empolgada em ficar mais bonita e acabou pior”.

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Leia na íntegra: O DIA

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